O livro O Sertão Carioca foi escrito por Armando Magalhães Corrêa, em princípio em forma de periódicos no jornal Correio da Manhã, as reportagens eram publicadas sempre aos domingos, e a primeira reportagem da série saiu em 21 de fevereiro de 1932, indo até 1933.
Em 1936, as reportagens se transformam no livro, lançado como o volume 167 da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, muito por insistência e iniciativa de Ricardo Palma, jornalista, e Edgar Roquette-Pinto, etnólogo.
Armando Magalhães Corrêa se formou na Escola Nacional de Belas Artes como escultor, onde mais tarde viria a ser professor, em seguida foi para a Seção de História Natural do Museu Nacional, exercendo o cargo de Conservador, se especializando em taxonomia, daí um naturalista autodidata.
Conheceu a área de Jacarepaguá, apaixonando-se pela sua exuberante natureza, fixando residência nesse bairro, fazendo incursões constantes aos bairros de Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio dos Bandeirantes, Guaratiba, mas seus interesses principais sempre foram a fauna, a flora, e principalmente seus habitantes mais humildes, que ele chamava de “sertanejos”, retratando os tipos que ia encontrando pelo caminho, catalogando tudo o que via, inclusive as profissões que existiam nesse tempo, como os “manobreiros” das represas que cuidavam das águas, os pescadores, esteireiras, machadeiros, carvoeiros, cabeiros, cesteiros, tamanqueiros, oleiros, tropeiros e os agricultores e registrando em imagens perfeitas, quase fotográficas, com seus desenhos de bico de pena.
No livro O Sertão Carioca, Armando Magalhães Corrêa deixa claro seu pensamento conservacionista, sua preocupação com a natureza, e como o homem estava, já nos anos 1920, se lançando aos espaços pouco habitados da então capital federal, com gana de progresso sem sustentabilidade. Sua visão futurista contemplava com extrema.
O livro O Sertão Carioca deve ser lido mais de uma vez, para que novos detalhes surjam a cada leitura.
Eu tenho em exemplar do lançamento da segunda edição, do ano de 2017, tendo como editor Marcus Venicio Ribeiro, o qual me deu a honra de autografar. Muito obrigado Professor!
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